Hoje de manhã fui ter aula de moto de novo. Dupla. Quando eu estava no ônibus de volta, deu um toró, rapidinho, mas bem forte. A linha de ônibus mudou de caminho, o que foi o maior relaxo, aí eu parei bem mais longe de casa, em frente à antiga estação ferroviária de Campinas. Valeu a pena, porque com a chuva que ainda tava caindo um pouco e tudo molhado, a estação tava maravilhosa e pela primeira vez eu vi quão bonita é aquela parte do centro da cidade. Desci pelo calçadão do centro e sai do lado da Igreja Nossa Sra. da Conceição, outra construção que pela primeira vez eu achei realmente maravilhosa.
É por isso que eu não gosto normalmente dessas cidades novas e planejadas que ficam em volta de Campinas e São Paulo. Falta-lhes história. É como uma criança num corpo de um adulto, ela vai poder fazer teoricamente todas as funções de um adulto, mas não tem passado, não tem mágoas, antigas amizades, saudades, traumas, culpa, lembranças. Você anda por aquelas ruas sem trânsito, no meio daquela calma, daqueles condomínios fechados e daquela gente correndo pela rua no domingo com shorts e camisetas de corrida, e você imagina que elas vão chegar em casa, dar um beijo no parceiro e sorrir, talvez da um beijo nos filhos, tomar um banho, sair de roupão, dormir cedo, acordar disposto e animado pra promissória carreira na empresa. E a cidade na verdade é OCA, é banal, é branca, lisa, limpa, plana, espalhada, insossa, insípida. Elas são artificiais, todas iguais, sem personalidade. Elas parecem Sousas.
E olhe que eu não gosto de Campinas. Na verdade ela é muito melhor do que muuuuita coisa. E, no fundo, eu acho que há um carinho forte por essa cidade aqui.
Meus nuggets estão prontos faz uns 10 minutos.
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